terça-feira, maio 14, 2013

Vâmo! Vâmo! (pr'aonde?)


Texto transposto, na íntegra, do blog de Humberto Gessinger. Enjoy!

A cena é recorrente em filmes de guerra: o soldado ferido fica para trás, não consegue acompanhar o pelotão. O comandante vai até ele e, para animá-lo, faz um sermão motivacional que mais parece um esporro do tipo “você é um homem ou um rato?". Coitado do cara, tá todo estropiado e ainda tem que aguentar a mala do chefe!

Há adaptações da cena para vários tipos de filme. Sobre esporte, por exemplo. Basta substituir general e soldado por técnico e atleta. Num filme sobre a busca do estrelato, é só colocar produtor e músico, diretor e ator, etc...

Situações limites da vida real levadas ao limite pela ficção. Cores berrantes demais. Um desequilíbrio na gangorra impressionismo/expressionismo.

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A adrenalina, que corre nas veias para deixar o animal mais esperto num momento de perigo, pode não ser uma boa conselheira a longo prazo.

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Dizem que o lateral direito de um grande time se emocionou tanto na palestra antes do jogo (papo emotivo envolvendo carta dos filhos e fotos da mãe pedindo vitória, com trilha sonora melosa no início e Eye Of The Tiger no fim) que entrou chorando em campo e cometeu um pênalti aos 8 minutos de uma semifinal de Brasileirão.

Com frequência, me sugerem que faça uma canção enaltecendo o clube de futebol para o qual torço. Eu até poderia enfileirar alguns lugares-comuns, fanfarronices do tipo “passar por cima”, numa melodia épica. Mas, pra ser sincero (e minha única chance de escrever boas canções é sendo sincero – não falo isso com orgulho, imagino que seja uma limitação) a canção que eu poderia escrever teria uma andamento lento e diria “estou roendo as unhas no concreto frio da arquibancada, viajando, viajando".

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Fico meio cabreiro com discursos motivacionais. Efeito contrário, eles me deprimem. Assim como canções melancólicas podem animar, fazendo companhia. Às vezes é tudo que se pode: estar disponível, ficar ao lado, ouvir. A não ser que alguém ache mesmo que tem resposta para todos os enigmas do universo, de ataques alienígenas ao achaque do flanelinha da esquina.

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O general (o técnico, o produtor, o diretor) pode preferir esbravejar ou insinuar. O soldado (o jogador, o músico, o ator) pode reagir melhor a gritos ou sussurros. De certo mesmo, só o seguinte: a solução, para todos, está dentro de cada um. Se não estiver ali, não está em lugar nenhum.
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bah: Este foi um texto sobre política

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sexta-feira, fevereiro 08, 2013

Talento é pouco!!


No mínimo incrível!! Reparem na calma do garoto. Pra quem sabe, fica simples. Enjoy.

quinta-feira, novembro 08, 2012

Clearwather Revival.